A missão espacial Gaia revelou a primeira foto daquele que será o maior e mais completo mapa elaborado da Via Láctea.
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A missão espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla inglesa), mapeou, desde que foi lançada em 2013, mais de mil milhões de estrelas na Via Láctea, expandindo o inventário de estrelas na galáxia, anunciou a ESA.
As manchas negras que salpicam a imagem são nuvens de gás e de pó, que se interpõem entre a câmara do telescópio, e estrelas do outro lado da galáxia.
Na parte inferior, à direita, destacam-se as nuvens de Magalhães, duas galáxias satélites da nossa e que são visíveis no céu do hemisfério sul, durante a noite.
Para chegar à maior destas galáxias satélites, a Grande Nuvem de Magalhães, seria preciso viajar durante 150 mil anos à velocidade da luz.
Um catálogo divulgado, esta quarta-feira, com mais de 1,15 mil milhões de estrelas é, "ao mesmo tempo, o maior e o mais preciso mapa do céu alguma vez produzido", afirmou o astrónomo francês François Mignard, membro do consórcio Gaia.
As imagens foram capturas pelos telescópios gémeos do Gaia, que ininterruptamente percorrem os céus, e registadas numa câmara com resolução de mil milhões de pixéis - a mais potente até agora colocada ao dispor do estudo do espaço.
A resolução é nítida o suficiente para distinguir o diâmetro de um cabelo humano à distância de mil quilómetros, afirmou Anthony Brown, líder da equipa da missão Gaia de recolha e análise de dados.
A missão Gaia consegue mapear a posição das estrelas na Via Láctea de várias maneiras diferentes, identificando não apenas as respetivas localizações, através da verificação múltiplas passagens, como os seus movimentos.
A imagem, a mais completa de sempre da Galáxia, é o resultado de um ano de observação do telescópio da missão Gaia, entre julho de 2014 e setembro de 2015.
O projeto prolonga-se até 2021, altura em que será apresentado o maior e mais completo mapa da via láctea, equivalente a 1% da galáxia.
