O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu-se este domingo, na terceira reunião de emergência sobre o atual conflito entre israelitas e palestinianos, mas continua sem conseguir uma declaração conjunta, avançou a agência France-Presse.
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A sessão, que decorreu de forma virtual, resultou em ataques recíprocos entre palestinianos e israelitas.
Este domingo, os ataques aéreos israelitas à cidade de Gaza destruíram três edifícios, mataram pelo menos 42 pessoas e feriram mais de 50, segundo médicos palestinianos, naquele que foi o ataque mais mortífero da mais recente escalada de violência no Médio Oriente.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad Al-Maliki, acusou Israel de "crimes de guerra", denunciando a "agressão" do Estado judeu contra "o povo palestiniano e os seus lugares sagrados".
"O Hamas optou por acelerar as tensões, usadas como pretexto para iniciar esta guerra, que foi premeditada", replicou o embaixador de Israel nos Estados Unidos da América e na ONU, Gilad Erdan.
O diplomata israelita pediu ao Conselho de Segurança que condene o "lançamento indiscriminado de foguetes", enquanto o ministro palestiniano solicitou autoridade para "agir" para impedir a ofensiva israelita, perguntando quantas mortes palestinianas são necessárias para serem tidas como "escândalo".
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Paralelamente ao encontro, os 15 membros do Conselho de Segurança continuaram as negociações sobre um texto comum que visa pedir o fim das hostilidades e reafirmar uma solução para dois Estados vivendo lado a lado, nomeadamente Israel e Palestina, com base nas resoluções já adotadas pela ONU.
Mas, de acordo com vários diplomatas ouvidos pela agência AFP, os Estados Unidos, numa posição considerada incompreensível para muitos dos seus aliados, continuam a recusar qualquer declaração conjunta.
Numa semana, Washington, isolado, já rejeitou dois textos propostos por três membros do Conselho: Noruega, Tunísia e China.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assegurou que a quarta guerra com o Hamas, que governa em Gaza, irá continuar. Num discurso televisivo, Netanyahu disse que os ataques prosseguiriam com "força total" e que "levariam tempo".