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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quinta-feira que o estatuto da região oriental de Donetsk e o futuro controlo da central nuclear de Zaporíjia são os dois principais pontos de discórdia nas conversações com Washington sobre um acordo para pôr fim à guerra com a Rússia.
Washington continua a insistir que Kiev faça grandes concessões territoriais à Rússia para pôr termo ao conflito que começou com a invasão de Moscovo em fevereiro de 2022 e que já matou dezenas de milhares de pessoas. Washington quer apenas que a Ucrânia retire as suas tropas de partes da região de Donetsk, onde instalaria um tampão desmilitarizado entre os dois exércitos, disse Zelensky.
"Eles querem que as forças ucranianas abandonem o território da região de Donetsk e o suposto compromisso é que as forças russas não entrem neste território... que eles já chamam de 'zona económica livre"", disse Zelensky aos jornalistas.
O líder ucraniano acrescentou que este continua a ser um dos principais pontos de discórdia nas conversações com os EUA, que se intensificaram depois de Washington ter elaborado um plano para resolver o conflito que foi considerado como satisfazendo grande parte das exigências da Rússia.
"Temos dois pontos-chave de desacordo: o território de Donetsk e tudo o que com ele se relaciona, e a central nuclear de Zaporíjia. Estes são os dois tópicos que continuamos a discutir", disse Zelensky aos jornalistas. Zelensky disse ainda que qualquer potencial compromisso sobre o território deve ser decidido por um voto popular.
"Acredito que o povo da Ucrânia responderá a esta questão. Quer seja através de eleições ou de um referendo, deve haver uma posição do povo da Ucrânia", disse aos jornalistas. A Ucrânia disse quarta-feira que entregou a Washington o plano atualizado para acabar com a invasão russa, mas disse que não iria divulgar detalhes das suas alterações enquanto aguardava a reação do lado americano.
