O acordo nuclear com o Irão alcançado, esta terça-feira, prevê a venda de armas ao país, mediante aprovação do Conselho de Segurança da ONU, e uma redução do número de centrifugadoras para enriquecimento de urânio.
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As sanções internacionais que impedem a venda de armas ao Irão vão manter-se por mais cinco anos, mas essas transações poderão ser feitas desde que seja aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
Sergei Lavrov sublinhou que "há um compromisso entre o Irão e os parceiros ocidentais que apoiaram o acordo" e precisou que "ao longo dos cinco anos, o fornecimento de armas ao Irão será possível se for aprovado e verificado pelo Conselho de Segurança da ONU".
O acordo alcançado depois de uma maratona negocial nos últimos 18 dias, em Viena, prevê também uma redução do número de centrifugadoras para enriquecimento de urânico em dois terços, passando de mais de 19 mil para pouco mais de 5 mil.
Nos próximos dez anos, o número de centrifugadoras será limitado a 5.060 máquinas, e outras 1.044 serão mantidas em condições de funcionamento, mas sem estarem em uso, estipula o acordo estabelecido entre o Irão e o chamado Grupo 5+1 -- os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha.
O Irão tem atualmente mais de 19 mil centrifugadoras para enriquecimento de urânio, um equipamento que pode ser usado para a produção dos compostos de uma bomba atómica.
O Irão e o Grupo 5+1 têm vindo a negociar um acordo duradouro que garanta que Teerão não tenta obter uma bomba atómica recebendo como contrapartida um levantamento das sanções económicas que lhe foram impostas.