Quatro activistas da Greenpeace, que ocuparam durante dois dias uma plataforma petrolífera da companhia escocesa Cairn Energy na Gronelândia, foram detidos pela polícia.
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Os fortes ventos gelados que se faziam sentir na baía de Baffin, a oeste da Gronelândia, onde está situada a plataforma, obrigaram durante a noite passada os activistas a refugiar-se num local da estrutura onde acabaram por ser detidos pela polícia.
"Impedimos as perfurações durante dois dias. O tempo árctico impôs um final, mas estamos contentes por ter mostrado à Cairn Energy o que pensamos das explorações de risco numa zona vulnerável", afirmou Sim McKenna, um dos activistas, numa comunicado divulgado pela secção dinamarquesa da Greenpeace.
A organização ecologista manteve durante nove dias o barco "Esperança" a um quilómetro da plataforma, em protesto contra as prospecções de petróleo e gás no Árctico e tinha anunciado outras acções de protesto.
A Cairn Energy é a primeira empresa a participar na sétima ronda de perfurações em busca de crude nas águas geladas da Gronelândia desde 1976, apesar de, até agora, nenhuma outra ter tido êxito, devido às limitações tecnológicas ou à falta de rentabilidade económica.
A empresa escocesa anunciou há alguns dias a descoberta de gás na zona, o que poderá ser um indício da presença de petróleo.