As autoridades dinamarquesas colocaram um adolescente de 15 anos numa instituição de jovens para evitar que partisse para a Síria, pressionado pelo pai.
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O adolescente tinha começado a frequentar a mesquita de Grimhoej em Aarhus, conhecida por ter recusado condenar as ações do movimento extremista Estado Islâmico, afirmou o jornal "Jyllands-Posten", que cita funcionários dos serviços sociais.
As mesmas fontes suspeitam de que o pai do adolescente queria convencê-lo a partir para a Síria, para lutar ao lado dos fundamentalistas islâmicos, acrescentou o jornal.
Os serviços sociais dinamarqueses receberam o adolescente em setembro passado, de acordo com o mesmo jornal, famoso por ter publicado as caricaturas do profeta Maomé em 2005, o que provocou a cólera de vários muçulmanos em todo o mundo.
Mais de 110 pessoas deixaram a Dinamarca com destino à Síria, de acordo com os serviços de informações.
Este país escandinavo é, proporcionalmente à sua população, o segundo fornecedor de jiadistas da Europa para a Síria. Trinta residentes de Aarhus, que conta 324 mil, combatem na Síria.
Há 15 dias, Copenhaga foi palco de um duplo atentado contra um centro cultural onde decorria uma conferência sobre a liberdade de expressão e contra uma sinagoga, que causou dois mortos.
Omar el-Hussein, de 22 anos, um dinamarquês de origem palestiniana, suspeito de ter cometido estes ataques, foi morto a 15 de fevereiro, num tiroteio com a polícia.