Os advogados de Dominique Strauss-Kahn contestaram esta terça-feira as conclusões de um relatório médico, publicado na revista francesa L'Express e de acordo com o qual a empregada do hotel onde ficou o antigo director do FMI foi violada.
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"A utilização deste relatório médico pelos advogados de Nafissatou Diallo para confirmar ou fortalecer as acusações contra Dominique Strauss-Kahn é enganador e desonesto", afirmaram os advogados William Taylor e Benjamin Brafman, em comunicado, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Um exame médico feito à empregada de quarto que acusou de agressão sexual o ex-director do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn confirmou a violação, segundo um artigo publicado esta terça-feira na revista L'Express, que cita um relatório de um hospital nova-iorquino.
Segundo o documento a "causa dos ferimentos" apresentados por Nafissatou Diallo era "agressão, violação".
Para os advogados de Dominique Strauss-Kahn, "as lesões de Nafissatou Diallo descritas no relatório médico podem ter sido provocadas por outros motivos" e sublinharam que a agressão sexual pode ter ocorrido dias antes.
"A conclusão do relatório do hospital baseia-se exclusivamente nas palavras da suposta vítima, que já provou em várias ocasiões não ser credível", sustentaram.
Detido a 14 de Maio, Strauss-Kahn está desde o início de julho em liberdade condicional.
Diallo, que de acordo com a imprensa americana foi apanhada em várias contradições nos testemunhos à polícia, prescindiu do direito ao anonimato e tem dado entrevistas aos "media" dos EUA.
Strauss-Kahn regressará a tribunal numa audiência prevista para 23 de Agosto.