O uso da força pela OTAN no resgate do navio na posse dos piratas no Golfo de Aden está para já afastado, mantendo-se as negociações entre as autoridades italianas, o rebocador e os salteadores.
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A informação foi avançada à Agência Lusa pelo comandante Santos Fernandes, porta-voz da OTAN e que se encontra a bordo da fragata portuguesa Côrte-real, nas águas do golfo de Aden.
Este navio está a acompanhar a situação e, juntamente com outras embarcações da OTAN, a garantir a segurança das embarcações que ali navegam.
O comandante Santos Fernandes explicou que o navio português está "a acompanhar de perto a situação" e que, até ao momento, a OTAN não prevê o uso da força para libertar o navio e ocupantes, feitos reféns por piratas, que "tudo leva a crer são da Somália".
O navio sequestrado está a dirigir-se para a costa da Somália, encontrando-se a ser seguido por meios electrónicos que não são visíveis aos piratas.
Para o comandante Santos Fernandes, o desfecho deste caso é, para já, "imprevisível", desconhecendo-se se os piratas já solicitaram o pagamento de um resgate pela libertação do navio e da sua guarnição, como é comum neste tipo de crime.
Dos 16 elementos da guarnição, dez são de nacionalidade italiana e os restantes de origem desconhecida, embora o comandante Santos Fernandes tenha avançado que não existe qualquer indicação de que esteja um português a bordo do navio sequestrado.
A embarcação foi tomada sábado por piratas quando estava a rebocar um navio.