O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, anunciou que trabalha em um plano para garantir a segurança e minimizar o risco de catástrofe na central nuclear ucraniana de Zaporíjia, sob controlo russo há meses.
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"Tento preparar e propor medidas realistas que sejam aprovadas por Kiev e Moscovo", disse Grossi à AFP, durante uma visita à usina nuclear, a maior da Europa, ocupada por tropas russas há um ano.
"O objetivo é chegar a um acordo com certos princípios e certos compromissos, entre os quais não atacar a central", sublinhou, pedindo mais uma vez a Moscovo que se abstenha de armazenar armas e equipamento militar naquela que é a maior central nuclear da Europa.
A ideia de uma zona desmilitarizada ao redor da central, localizada no sudeste da Ucrânia, parece avançar, após meses de negociações infrutíferas.
Ao chegar em Zaporijia, Grossi lamentou que "a atividade militar esteja a aumentar em toda a região, com um crescimento significativo do número de soldados".
A visita de Grossi coincide com o temor persistente com a segurança da central, numa região frequentemente bombardeada. Esta é a segunda visita do diretor da AIEA a Zaporíjia desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado. A intenção é "avaliar em primeira mão a grave situação de segurança e proteção nuclear na instalação", disse aquela agência.