Os diretores das quatro agências de segurança do Sri Lanka foram alertados para a possibilidade de um ataque contra igrejas no país a 11 de abril, semanas antes dos atentados que causaram pelo menos 310 mortos.
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O sub-inspetor-geral da polícia, Priyalal Disanayaka, escreveu uma carta dirigida aos diretores de quatro agências de segurança do Sri Lanka a pedir que "prestassem atenção extra" aos lugares e aos vip's sob a sua alçada.
O relatório dos serviços de informações, que foi anexado à carta, indica que o grupo Towheed Jamaar Nacional estaria a planear para breve um ataque suicida "em algumas igrejas importantes".
Apesar do alerta, desconhece-se se foram tomadas algumas medidas antes dos atentados na Páscoa contra hotéis e igrejas.
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Na sequência dos ataques, as autoridades do Sri Lanka aumentaram ainda mais as medidas de segurança.
O país está sob estado de emergência. Os funcionários dos correios já anunciaram que não vão aceitar encomendas pré-embaladas.
O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, declarou hoje um dia de luto nacional.
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O número de pessoas detidas relacionadas com os ataques também aumentou para 40, disse à agência Efe o porta-voz da polícia Ruwan Gunasekera.
O responsável da polícia afirmou que as autoridades acreditam que os ataques atribuídos a um grupo extremista islâmico local, o National Thowheeth Jama'ath, terão sido apoiados internacionalmente.
A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.
Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.
A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.
As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 de domingo (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.