A presidente do Congresso dos Deputados, Francina Armengol, confirmou esta segunda-feira as datas do debate de investidura de Pedro Sánchez: 15 e 16 de novembro. Após fechar acordo de amnistia com os catalães, o Executivo liderado pelo socialista vai a votos na câmara baixa das Cortes Gerais – o Parlamento espanhol.
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As sessões de debate de investidura na quarta e quinta-feira vão contar com a participação de todos os partidos com presença parlamentar, que poderão questionar as escolhas de Sánchez para o novo Executivo. O processo é o mesmo que Alberto Núñez Feijóo teve de passar, no final de setembro – quando falhou em conseguir uma maioria absoluta ou simples.
Após as intervenções partidárias, o Congresso dos Deputados votará, com o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) a necessitar de 176 dos 350 votos no primeiro escrutínio. Caso consiga, Sánchez é reeleito como chefe de Governo. Se não tiver êxito, precisará, dois dias após a primeira votação, conseguir mais apoios do que votos contrários.
A presidente da câmara baixa agendou as sessões para os dias 15 e 16 após o candidato à investidura "nos últimos dias" ter comunicado que completou "toda a ronda de negociações com os diferente grupos políticos deste Parlamento" e que estava em condições para o debate, segundo a agência Europa Press.
O primeiro-ministro em funções deve contar com 179 apoios, com luz verde do PSOE, do Sumar, do Esquerda Republicana da Catalunha, do Juntos pela Catalunha (Junts), do EH Bildu, do Partido Nacionalista Basco, do Bloco Nacionalista Galego e da Coligação Canária. O apoio dos independentistas catalães foi confirmado após a negociação de uma lei de amnistia, que foi apresentada oficialmente esta segunda-feira no Congresso.
"Estamos diante de um acordo histórico, vamos recorder este dia", afirmou a líder do Sumar, Yolanda Díaz. Já o PP, que no fim de semana organizou protestos contrários a amnistia, levou o caso ao Partido Popular Europeu, para que seja discutido no plenário do Parlamento Europeu. O Vox, de extrema-direita, convocou, através do seu sindicato, uma greve geral para o dia 24.