Uma agente do FBI viajou para a Síria com o objetivo de casar com um membro do Estado Islâmico que estava a investigar. Depois de confessar o crime, a mulher foi condenada a dois anos de prisão.
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Segundo revelou a CNN, Daniela Greene, de 38 anos, voou para a Síria em junho de 2014 para casar com Denis Cuspert, um dos combatentes dos Estado Islâmico que surge nos vídeos do movimento jiadista que mostram vítimas de decapitação. A tradutora do FBI começou a investigar o homem em janeiro desse ano e aproximou-se dele através da rede de comunicações online Skype.
O jiadista alemão era conhecido na Síria como Abu Talha al-Almani e considerado um dos mais violentos do movimento extremista no país.
Em junho, para conseguir voar rumo à Síria, a agente do FBI mentiu, alegando que pretendia tirar férias. Com a ajuda do líder terrorista e depois de ambos traçarem um plano, chegou via Istambul (Turquia). Em julho contactou uma amiga a contar do seu arrependimento.
Conseguiu voltar aos Estados Unidos, onde confessou o que tinha acontecido e foi detida. Condenada a dois anos de prisão, foi libertada no verão do ano passado. Há quem considere que o FBI foi muito brando.
Em declarações à CNN, John Kirby, antigo oficial do Departamento de Estado, disse que "este é sem dúvida um caso embaraçoso para o FBI".
Daniela recusou-se a prestar qualquer declaração, receando que a sua vida fique em risco ao revelar mais detalhes da sua identidade e localização.