O presidente do Parlamento Europeu comentou, esta quinta-feira, que, a confirmarem-se as "notícias referentes a Kadafi", trata-se de "um dia há muito desejado para a Líbia", que agora pode finalmente "virar a página".
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Numa primeira reacção às notícias da morte de Muammar Kadafi e da libertação de Sirte, Jerzy Buzek afirmou que o coronel líbio "infligiu sofrimento que chegue ao povo líbio, mas não o fará mais".
"O dia de hoje marca um novo ímpeto rumo a uma transição democrática através da criação de um governo interino", que "deve ser inclusivo e abrir o caminho ao pluralismo político", acrescenta o presidente da assembleia.
Lembrando que viaja no próximo sábado até à Líbia, Buzek disse estar feliz por visitar "um país completamente libertado de um ditador que impôs o seu punho de ferro durante mais de 40 anos".
"Agora a Líbia pode verdadeiramente virar a página", conclui.
"Fim de era de repressão", comenta Durão Barroso
Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu afirmaram, por sua vez, que "a noticiada morte de Muammar Kadafi marca o fim de uma era de despotismo e repressão" que castigou durante "demasiado tempo" o povo líbio.
Numa curta declaração conjunta divulgada em Bruxelas, Durão Barroso e Herman van Rompuy dizem que "hoje a Líbia pode virar uma página da sua história e embarcar num novo futuro democrático".
"Instamos o Conselho Nacional de Transição a levar a cabo um amplo processo de reconciliação, que abranja todos os líbios e que permita uma transição democrática, pacífica e transparente no país", concluem Barroso e Van Rompuy.