As autoridades italianas acreditam que possa ter sido encontrado o elo de ligação entre dois surtos de coronavírus no país, em duas cidades afastadas por mais de 200 quilómetros.
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Um agricultor de 60 anos, da localidade de Albettone, é o possível transmissor da doença na localidade de Vo' Euganeo, onde ocorreu a primeira morte por Covid-19 em Itália, um homem de 78 anos, identificado como Adriano Trevisan.
As autoridades já tinham estabelecido que o "paciente zero", um gerente que passa muito tempo na China em trabalho, teria transmitido o vírus num jantar de amigos, a 1 de fevereiro, em Codogno, a cerca de 220 quilómetros de Vo'.
Mattia, um amigo deste homem, terá sido o "paciente um" e o grande disseminador da doença. Com uma vida social muito ativa, participou em duas maratonas, jogos de futebol, jantares com amigos e saídas à noite.
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Faltava perceber como havia dois focos distintos de coronavírus em Itália, a cerca de 220 quilómetros de distância e aparentemente sem qualquer ligação. Segundo os media italianos, esta segunda-feira, foi internado um homem com sintomas da doença, que poderá ser o elo de ligação entre Codogno e Vo'.
Agricultor, de 60 anos, frequenta os bares de Vo', cidade que dista cerca de oito quilómetros de Albettone, onde reside, mas esteve em Codogno a apresentar um livro sobre agricultura biológica, e noutras localidades da Lombardia, a região mais afetada em Itália, com 167 casos confirmados, de um total de 219 no país.
"Notificamos a autoridade sanitária local e o prefeito de Albettone. Agora 118 [o 112 italiano] vai levá-lo para um local seguro", disse o presidente da autarquia de Vo', Giuliano Martini.
Esta segunda-feira, Itália elevou para seis o número de vítimas mortais do coronavírus Covid-19 no país. Dois octogenários, com um historial de outras doenças, e morreram ambos num hospital de Bergamo. Um paciente oncológico morreu em Crema.