Intensas 96 horas de negociação foram determinantes para desfecho de pacto entre Israel e Hamas, aguardado há 15 meses e mediado por cataris, egípcios e norte-americanos.
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Após 15 meses de sangue derramado e de um imenso rol de penosas rondas negociais entre Doha e o Cairo, com a mediação de cataris, egípcios e norte-americanos, foi alcançado entre Israel e o Hamas o acordo de cessar-fogo que abre portas, em três fases, à deposição das armas na flagelada Faixa de Gaza e que permitirá a libertação de quase uma centena de reféns – vivos e mortos –, ainda nas mãos do movimento islamita, e de prisoneiros palestinianos encarcerados nas prisões de Israel. Anunciado pelo primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e confirmado pelo presidente Joe Biden – que delineou a proposta –, o acordo, ainda não formalmente apresentado e que entra em vigor a 19 de janeiro, pressupõe uma fase inicial de seis semanas, com a retirada gradual das forças israelitas do enclave.
Foi o Hamas quem começou por divulgar, esta quarta-feira, que a sua delegação tinha comunicado a aprovação da proposta de cessar-fogo aos medidadores em Doha, no Catar, noticiava a estação Al Jazeera, enquanto a BBC também dava conta da aprovação transmitida aos mediadores cataris e egípcios. As agências Reuters e Associated Press confirmariam depois que o acordo entre Israel e Hamas tinha sido alcançado.