
O Governo alemão anunciou, esta quinta-feira, que vai apoiar com dois milhões de euros a Organização para a Proibição de Armas Químicas, com sede em Haia, para o plano de destruição do arsenal sírio.
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Esta organização, destaca o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, terá a missão de verificar no terreno a composição do referido arsenal, fazer um inventário completo de todas as armas químicas de que dispõe o regime de Bashar al-Assad e fechar os depósitos em que se encontrem.
"A Alemanha defende a proibição e a eliminação mundial de armas químicas que permitirá um mundo mais seguro", referiu o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle.
Depois de assegurar que a destruição do arsenal químico sírio é uma prioridade, o ministro salientou a experiência de Berlim neste tipo de iniciativas e a decisão de reforçar a colaboração com a organização para garantir o êxito da missão.
A contribuição financeira do Governo de Berlim foi anunciada quando aumenta a polémica no país sobre as exportações de produtos químicos alemães para a Síria entre 2002 e 2006.
O Governo reconheceu na quarta-feira, em resposta a uma pergunta no Parlamento da oposição de esquerda, que nesse período foram enviadas para a Síria cerca de 130 toneladas de produtos químicos, alguns suscetíveis, segundo peritos, de ser utilizados para o fabrico de gás sarin.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou na quarta-feira que não há "nenhum indício" que indique que o regime de Bashar al-Assad usou produtos importados da Alemanha para fabricar o seu arsenal químico.
"Segundo os dados de que disponho, foram destinados a usos civis", afirmou Merkel numa entrevista à televisão pública ARD.
