A Alemanha reconheceu, pela primeira vez, que teve corresponsabilidade no genocídio arménio cometido há um século pelo Império Otomano.
Corpo do artigo
Numa cerimónia ecuménica em Berlim, o presidente alemão, Joachim Gauck, fez referência à responsabilidade da Alemanha, enquanto aliada do Império Otomano, nos crimes cometidos entre 1915 e 1917 e que terão vitimado cerca de 1,5 milhões de arménios.
"O destino dos arménios também faz parte da história de extermínios em massa, limpezas étnicas e deportações que marcaram de forma terrível o século XX", disse Gauck na cerimónia, que reuniu representantes das principais igrejas cristãs.
Joachim Gauck referiu que "não se trata de sentar [a Alemanha] no lugar dos acusados, mas reconhecer a culpa, pois sem ela não haverá reconciliação entre povos".
Cerca de 20 países, entre os quais a França e a Rússia, reconheceram já oficialmente o genocídio arménio, termo que a Turquia não aceita, limitando-se a comentar as "deportações" realizadas pelo Império Otomano e "mortes" sofridas pelo povo arménio.