A estudante do ensino secundário que morreu, esta quinta-feira, num colégio particular de Nantes, foi esfaqueada 57 vezes, revelaram as autoridades francesas.
Corpo do artigo
O ataque ocorreu por volta das 12.30 horas locais (11.30 horas em Portugal continental). Um aluno armado com uma faca atacou quatro colegas antes de ser dominado por professores e posteriormente preso.
De acordo com o Ministério Público francês, o suspeito, de 16 anos, é um aluno extremamente solitário, fascinado pela ideologia nazi e com tendências suicidas.
Enviou email antes do ataque
"Estava no refeitório com as minhas amigas e disseram-nos que um aluno havia esfaqueado estudantes em várias salas. Pediram-nos que não saíssemos dali durante 20 minutos e depois confinaram-nos. Permanecemos muito tempo ali, mas ligamos para os nossos pais para tranquilizá-los", declarou à agência de notícias France-Presse (AFP) uma aluna. "O rapaz era conhecido por estar deprimido e dizia que adorava Hitler. Enviou um e-mail de 13 páginas a toda a gente a explicar os seus problemas ao meio-dia", acrescentou.
Um aluno partilhou com a AFP o manifesto do jovem, onde menciona que "a globalização converteu o nosso sistema numa máquina para destruir o ser humano", reivindicando uma "revolta biológica para que o equilíbrio natural, embora cruel, recupere o seu lugar frente ao ecocídio globalizado".
Macron agradeceu aos professores
"Envio os meus pensamentos comovidos às famílias, aos estudantes e a toda a comunidade educacional, cuja nação partilha o choque e a dor. Graças à sua intervenção, os professores sem dúvida evitaram outros dramas. A sua coragem merece todo o nosso respeito", reagiu o presidente de França, Emmanuel Macron, no X.