Há mudanças à vista no bairro mais famoso de Amesterdão. As autoridades da capital neerlandesa anunciaram, na sexta-feira, que vão proibir o consumo de canábis nas ruas do Red Light District ("Bairro da Luz Vermelha") a partir de meados de maio para conter a criminalidade e o comportamento antissocial.
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A medida surge numa altura em que as autoridades estão a tentar restringir o horário de consumo de bebidas alcoólicas para as 16 horas de quinta-feira a domingo. Cafés, restaurantes e estabelecimentos sexuais com licença de restauração podem manter as portas abertas até às 3 horas ou 4 horas, enquanto os "negócios de prostituição" podem permanecer abertos até às 6 horas.
Segundo a lei neerlandesa, a venda de canábis é tolerada em cafés, desde que cumpram condições restritas, mas é crime possuir, vender ou produzir mais de cinco gramas da droga. A prostituição também é legal nos Países Baixos e os bordéis do centro da cidade de Amesterdão são considerados uma atração turística. No entanto, o aumento do crime urbano em parte da cidade levou a polícia a rotular a área como um "quilómetro quadrado de miséria".
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Os moradores estão "muito chateados com o turismo de massa e o abuso de álcool e drogas nas ruas", principalmente à noite, lê-se num comunicado do município. "Os turistas atraem igualmente os traficantes de rua, o que leva à criminalidade e à insegurança".
Se as últimas restrições não tiverem o efeito desejado, as autoridades alertaram que as estenderão às esplanadas dos cafés.
Os Países Baixos estão a tentar combater o turismo em massa na capital. Em 2014, o autarca tentou proibir os cafés de canábis no Red Light District. Desde então, a cidade aumentou os impostos sobre quartos de hotel e alugueres de curto prazo. No final do ano passado, as autoridades disseram que planeavam ainda limitar os cruzeiros fluviais e reprimir visitas organizadas a bares.