Sondagens para as eleições regionais de domingo dão como favorito o Partido Popular
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A Andaluzia vai este domingo às urnas em eleições antecipadas que podem confirmar o crescimento da Direita na segunda maior região de Espanha. O Partido Popular (PP) é favorito para continuar à frente do Executivo autonómico, segundo as sondagens que dão ao candidato, Juanma Moreno Bonilla, uma vitória com 37% dos votos, ainda que esta se mostre insuficiente para governar a solo.
O atual presidente andaluz, que conseguiu em 2018 tirar do poder o Partido Socialista (PSOE) após 36 anos no Governo, aposta em continuar com o seu projeto político-económico de tom moderado que já se terá mostrado eficiente conseguindo atrair votantes de várias ideologias.
O principal obstáculo para os populares será escolher a sua nova estratégia com a extrema-Direita, que poderá converter-se no terceiro partido mais votado na região com 18% dos votos. Juanma Moreno quer evitar a presença de Vox no Executivo autonómico, porém, se não conseguir a maioria absoluta dependerá novamente do partido liderado por Santiago Abascal.
A candidata da extrema-Direita, Macarena Olona, já avisou que Vox não facilitará a investidura popular sem formar parte do Governo. Portanto, uma coligação PP-Vox na Andaluzia é uma possibilidade em cima da mesa, seguindo o exemplo regional de Castela e Leão.
Por outro lado, tudo indica que o Cidadãos continuará com a sua queda livre a nível nacional. Como já aconteceu nas eleições autonómicas de Madrid ou Castela e Leão, o partido do centro, liderado pelo vice-presidente regional Juan Marin, poderia passar de ser parceiro popular na coligação do Executivo andaluz a ficar sem assento no parlamento.
O candidato do PSOE, Juan Espadas, à semelhança do que as sondagens indicam - com valores entre 23,8% e 26,6% - terá uma tarefa difícil para recuperar o eleitorado perdido nos últimos comícios de 2018.
O antigo autarca de Sevilha, até janeiro de 2022, que substituiu de forma surpreendente a antiga líder do partido, Susana Diaz, no ano passado, poderá obter piores resultados que há quatro anos, quando o PSOE, muito afetado por casos de corrupção, registou o número mais baixo de votos da sua história na Andaluzia com 27,5%. Apesar da provável derrota, Espadas já anunciou publicamente a sua intenção de continuar a liderar o PSOE durante a próxima legislatura.
As guerras internas vividas nos últimos meses nos partidos à esquerda dos socialistas debilitaram ainda mais as candidaturas de Adelante Andaluzia (Teresa Rodriguez) e Por Andaluzia (Inmaculada Nieto). A soma dos dois partidos poderá não alcançar 15% dos votos.