
Angelina Jolie
EPA/JEFF OVERS / BBC NEWS
Angelina Jolie, a atriz americana que também exerce o cargo de Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU), acredita que o sistema internacional de ajuda internacional aos refugiados deixou de funcionar.
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"A quantidade de conflitos e a escala dos deslocamentos aumentaram tanto, que o sistema criado para proteger e garantir o retorno dos refugiados, deixou de funcionar", afirmou, segunda-feira, num discurso proferido na sede da BBC, em Londres, acrescentando que dá a sensação que tem a sensação de que "há cada vez mais medo dos refugiados".
"Mais de 60 milhões de pessoas estão deslocadas atualmente, o que é mais do que em qualquer momento ao longo dos últimos 70 anos", acentuou a atriz, repetindo apelos à comunidade internacional para que "sejam superados os medos" e que se intensifiquem os esforços para resolver a crise migratória.
Para Angelina Jolie, mostrar solidariedade com os refugiados "um dever de todos, do futuro secretário-geral das Nações Unidas, dos governos, da sociedade civil, de cada um de nós". A também Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU lamentou ainda que a atual crise "possa dar margem de manobra e um falso ar de legitimidade para os que promovem a política do medo".
Recordando que "mais de 60 milhões estão atualmente deslocadas", a atriz sublinhou ainda, no seu discurso em Londres, que "não é surpresa se algumas dessas pessoas desesperadas, que não têm nenhuma opção, e para quem voltar para casa não oferece nenhuma esperança, tentem um último recurso para chegar à Europa, mesmo arriscando as suas vidas".
Angelina Jolie tem-se destacado pelas tentativas de intervenção na crise dos refugiados. No último verão visitou mesmo um campo de refugiados sírios na Turquia, na altura acompanhada por António Guterres, então alto comissário da ONU para os refugiados.
