O MPLA venceu as eleições gerais angolanas com 61,70% dos votos, de acordo dados provisórios da Comissão Nacional Eleitoral, elegendo João Lourenço como o próximo presidente da República.
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De acordo com os dados avançados pela porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira, quando estão escrutinados 9.114.386 votos (97,82% do total), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem nacional, com 4.071.525 votos (61,10%), seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.780.038 votos (26,71%)
João Lourenço eleito presidente da República, sucede a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos
Com este resultado, que corresponde a um total de 150 mandatos para o MPLA, o partido no governo em Angola consegue também manter a maioria qualificada (acima dos 147 deputados eleitos), apesar da forte quebra da votação face às eleições gerais de 2012.
A UNITA mantém-se como segunda força política de Angola, com a lista liderada por Isaías Samakuva, segundo os dados provisórios da CNE, a subir para 51 deputados.
Na terceira posição surge a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) com 630.234 votos (9,46%) e 16 deputados, mantendo-se na quarta posição o Partido de Renovação Social (PRS), com 88.717 votos (1,33%) e dois deputados.
A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) viu a votação descer para 60.293 votos (0,90%) e perdeu um dos dois deputados que tinha das últimas eleições.
Abstenção global de 23,41%, equivalente a 2.134.057 eleitores
Fora do parlamento angolano, na contagem provisória, fica a estreante Aliança Patriótica Nacional (APN), arrecadando 32.727 votos (0,49%).
Além da eleição de João Lourenço como presidente da República, sucedendo a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, enquanto cabeça-de-lista do MPLA pelo círculo nacional, estes dados apontam para a eleição de Bornito de Sousa, número dois da lista daquele partido, para vice-Presidente da República.
Os dados nacionais apontam ainda para uma abstenção global de 23,41%, equivalente a 2.134.057 eleitores que não foram às urnas na quarta-feira, num universo de 9.317.294 em condições de o fazer.