Um estudo norte-americano surpreendeu os próprios autores depois de os inquiridos terem confessado que tomavam os antibióticos dos animais de estimação, por não terem prescrição médica para comprar antibióticos para utilização humana.
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Quatro em cada cem pessoas que participaram na investigação, levada a cabo pela Sociedade Americana de Microbiologia, confessaram voluntariamente que tinham optado por tomar os antibióticos comprados para os animais de estimação, por não terem receitas para ir à farmácia comprar os que são dirigidos aos humanos.
O estudo, "Non-prescription antimicrobial use in a primary care population in the United States: evidence for action", não contemplava a pergunta no inquérito e foram as próprias pessoas questionadas que decidiram partilhar a informação, que deixou os investigadores surpreendidos.
Além deste valor e de acordo com o estudo, 40% das pessoas toma antibióticos sem supervisão médica. 20% dos medicamentos são conseguidos através de receitas de familiares e 24% dos inquiridos explicaram que compraram os medicamentos noutro país.
Um total de 40% das pessoas conseguiu comprar antibióticos nas farmácias, sem receita médica.
Por causa do consumo humano de medicamentos para animais, não apenas antibióticos, a Associação de Medicina Veterinária Americana aconselhou os veterinários a não prescreverem receitas ilimitadas, para que não haja uma utilização indevida dos medicamentos.
Os autores do estudo explicaram em entrevista à estação de televisão "CNN" que tomar antibióticos sem prescrição médica pode representar um risco para a saúde e aumentar a falta de eficácia que os antibióticos têm para o tratamento de algumas doenças.