Aaron Hernandez, antigo jogador de futebol americano dos New England Patriots, foi considerado culpado por homicídio em primeiro grau e pode enfrentar pena de prisão perpétua.
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A antiga estrela da Liga de futebol americano (NFL) foi considerada responsável pela morte de Odin Lloyd, jogador semiprofissional de futebol americano, que ocorreu em 2013.
O caso remonta a junho de 2013, quando Hernandez era jogador dos Patriots e tinha um contrato anual de 40 milhões de dólares.
Lloyd, que era amigo e saía com a irmã da namorada do jogador dos Patriots, apareceu morto em junho de 2013 na zona industrial de Attleboro (Massachusetts), a um quilómetro e meio da residência de Aaron Hernandez.
O júri de 12 pessoas precisou de 36 horas, durante sete dias, para chegar a um veredicto unânime. Este veredicto pode implicar uma pena de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Hernandez foi ainda condenado de posse ilegal de armas e munições.
Acusado de outros dois homicídios
O ex-jogador de futebol americano, de 25 anos, está ainda acusado do assassínio dos cabo-verdianos Danny Abreu e Safiro Furtado.
Este julgamento estava previsto para maio, mas foi adiado devido ao julgamento sobre a morte de Odin Lloyd.
As famílias dos dois imigrantes cabo-verdianos estão a pedir seis milhões de dólares (cerca de 5,3 milhões de euros) de indemnização nos tribunais norte-americanos.
O advogado que as representa pediu ao Tribunal Superior de Attleboro, em Massachusetts, que congelasse os bens de Hernandez, incluindo uma mansão no valor de cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros), e diz que o jogador recebeu 11 milhões de dólares (9,7 milhões de euros) ao serviço dos New England Patriots.
Segundo a acusação, Hernandez assassinou Lloyd depois do atleta o ter questionado sobre o seu papel nos assassinatos dos cabo-verdianos.
No dia 16 de julho de 2012, Abreu, de 29 anos, e Furtado, 28, estariam na discoteca Cure Lounge, em Boston, quando Abreu entornou uma bebida sobre Hernandez e não pediu desculpa.
O jogador terá ficado enfurecido e disse a uma testemunha que tinha sido desrespeitado, que tinha esperado por eles no exterior da discoteca, dentro de um carro e às voltas na rua.
Quando o grupo de cinco cabo-verdianos entrou num veículo, Hernandez ter-se-á aproximado e disparado cinco tiros, matando os dois jovens e ferido um terceiro.
Abreu e Furtado trabalhavam os dois em limpezas e viviam na mesma zona de Massachusetts, Estado onde existe uma numerosa comunidade cabo-verdiana.