O antigo médico da Casa Branca de Joe Biden recusou-se, esta quarta-feira, a responder a perguntas no âmbito da investigação parlamentar sobre a saúde do ex-presidente norte-americano.
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Kevin O'Connor invocou o privilégio da relação médico-cliente e a Quinta Emenda durante uma sessão perante a Comissão de Supervisão da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, disseram os advogados.
Os republicanos estão a conduzir uma investigação sobre as ações de Biden no cargo e a questionar se o uso da abertura automática de processos pelo presidente democrata em funções pode ter sido inválido.
Os republicanos alegaram que algumas políticas implementadas pela Casa Branca podem ser inválidas se se provar que Biden ficou mentalmente incapacitado durante parte do mandato.
Biden negou veementemente que não estivesse em perfeito estado de espírito em qualquer momento durante o mandato, considerando as alegações "ridículas e falsas".
David Schertler, um dos advogados de O'Connor, disse - numa declaração escrita que preparou para o Congresso - que o médico não ia violar o juramento de confidencialidade com os pacientes.
O advogado acrescentou que o comité de supervisão da Câmara deve adiar a investigação até que a procuradora-geral, Pam Bondi, conclua uma investigação que o presidente republicano do comité de supervisão, James Comer, disse ter iniciado sobre a utilização da abertura automática.
Comer, em comunicado, disse que a decisão de O'Connor de não testemunhar deixa "claro que houve uma conspiração".
“O povo americano exige transparência, mas O’Connor prefere esconder a verdade”, argumentou Comer.
Numa intimação de O'Connor em junho, Comer disse que as alegações de privilégio médico-paciente ao abrigo do código de ética da Associação Médica dos EUA "não têm qualquer mérito" porque este código não faz parte da lei federal.
Comer alegou que a intimação do comité cumpre a própria exigência da Associação Médica de que os médicos devem partilhar as informações clínicas de um paciente se "forem legalmente obrigados a divulgar as informações".
Acrescentou que o comité de supervisão vai divulgar um relatório com todas as conclusões, depois da conclusão da investigação, anunciando que solicitou depoimentos de quase uma dúzia de ex-assessores seniores de Biden.
Entretanto, a Casa Branca do presidente republicano Donald Trump renunciou ao privilégio executivo - um direito que protege muitas comunicações entre o presidente e a equipa do Congresso e dos tribunais - para quase todos os responsáveis.
Esta decisão da Casa Branca permite que estes funcionários discutam conversas com Biden enquanto chefe de Estado.