Antigo primeiro-ministro britânico considerado para liderar autoridade de transição em Gaza
O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair estará a ser considerado para liderar uma autoridade de transição na Faixa de Gaza pela Branca no âmbito do plano de paz dos Estados Unidos.
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Vários órgãos de comunicação social britânicos, como a estação pública BBC, a revista Economist e o jornal Daily Telegraph, avançaram que Blair ter-se-á disponibilizado para liderar a Autoridade Internacional Transitória de Gaza (Gaza International Transitional Authority, GITA), uma administração inspirada nos casos das transições de Timor-Leste e Kosovo.
Segundo o Economist, Blair manifestou-se "disponível para sacrificar o seu tempo", tendo imposto como condições que o poder seria eventualmente transferido para a Autoridade Palestiniana e que os palestinianos não seriam forçados a sair do território.
A última proposta, debatida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes árabes no âmbito da Assembleia da ONU que decorre em Nova Iorque, propõe que Gaza seja gerida por um organismo de transição, apoiado pelas Nações Unidas e pelos países do Golfo, antes de ser devolvida aos palestinianos.
Blair, que foi primeiro-ministro do Reino Unido de 1997 a 2007, manteve conversações de alto nível com todas as partes para tentar pôr fim à guerra e delinear o futuro de Gaza após um cessar-fogo, incluindo o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Depois de sair do Governo britânico, Blair foi enviado para o Médio Oriente pelo Quarteto de potências internacionais (EUA, UE, Rússia e ONU) durante oito anos, entre 2007 e 2015, com o objetivo de desenvolver economicamente a Palestina e criar as condições para uma solução de dois Estados.
Um texto patrocinado pela França e pela Arábia Saudita e recentemente aprovado por larga maioria na Assembleia-Geral, que defende a criação de uma "missão internacional temporária de estabilização" em Gaza, sob os auspícios da ONU.
Esse mecanismo pretende assegurar "garantias de segurança à Palestina e a Israel", preparando o terreno para um cessar-fogo duradouro e para negociações políticas mais amplas no Médio Oriente.