Um tribunal egípcio aceitou o recurso apresentado pelo antigo presidente Hosni Mubarak e anulou a pena de três anos de prisão que lhe tinha sido aplicada num caso de corrupção, tendo ordenado novo julgamento.
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Hosni Mubarak tinha sido condenado a prisão em maio do ano passado, depois de ter sido considerado culpado do desvio de mais de 100 mil libras egípcias (cerca de dez milhões de euros) destinadas à manutenção dos palácios presidenciais.
Na altura foram também condenados a quatro anos de prisão os filhos do líder deposto, Alaa e Gamal.
Em novembro passado, o Tribunal Penal do Cairo retirou a acusação ao antigo presidente egípcio por cumplicidade na morte de manifestantes na revolução que o afastou do poder em 2011, sendo também absolvido de acusações de corrupção num processo separado.
O regime de Mubarak, derrubado há quatro anos, tem vindo a ser reabilitado na opinião pública e pelos media.
O antigo presidente do Egito está sob prisão domiciliária num hospital do Cairo, estando em prisão preventiva desde que foi detido, em abril de 2011.
Mais de 846 pessoas foram mortas durante os 18 dias do levantamento popular em 2011.
Após a queda de Mubarak, o Egito viveu perto de quatro anos de violência e instabilidade política e o exército destituiu em julho de 2013 o primeiro dirigente egípcio democraticamente eleito, o Presidente islamita Mohamed Morsi.