Lula da Silva anunciou, esta quinta-feira, 16 novos nomes para ministérios e tutelas do futuro Executivo, que incluem as seis primeiras mulheres e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. O futuro chefe de Estado prometeu anunciar até terça-feira os responsáveis por 13 pastas que ainda estão por definir.
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Nísia Trindade será a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde. A presidente da Fundação Oswaldo Cruz, instituição que investigou e produziu vacinas durante a pandemia, terá de lidar com um país atingido com quase 700 mil mortes por covid-19.
A ministra das Mulheres será Cida Gonçalves, enquanto Esther Dweck comandará a tutela da Gestão, que ficará separada do Ministério da Economia. Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco do Partido Comunista do Brasil, será a responsável pela Ciência e Tecnologia.
O Ministério da Cultura, extinto por Jair Bolsonaro, regressa sob a liderança de Margareth Menezes, cantora baiana com mais de dez álbuns e quatro indicações aos Grammy. Já Anielle Franco ficará com a tutela da Igualdade Racial. A jornalista, escritora e ativista negra é irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, no Rio de Janeiro.
Vice será ministro
O vice-presidente eleito acumulará funções como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi escolhido após três nomes ligados ao mercado negarem o convite.
A Educação, que inclui do Ensino Básico ao Superior, ficará com Camilo Santana, do Partido dos Trabalhadores (PT), senador eleito e ex-governador do Ceará. O ex-sindicalista Luiz Marinho, também do partido de Lula, será o ministro do Trabalho.
Outros "petistas" com cargos garantidos são Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social). A segunda tutela, responsável pelos programas de transferência de rendimento, era cobiçada por Simone Tebet, ex-candidata presidencial que apoiou Lula na segunda volta.
Márcio França, do PSB, ficará com os Portos e Aeroportos; Silvio Almeida cuidará dos Direitos Humanos; Jorge Messias será o responsável pela Advocacia-Geral da União; e Vinícius Carvalho comandará a Controladoria-Geral da União.