O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita condenou os "odiosos ataques" de Paris, que são "uma violação de toda a ética, moral e religião".
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Adel al-Jubeir falava aos jornalistas à chegada a Viena, onde vai participar nas conversações de paz sobre a Síria. "Quero expressar as nossas condolências ao governo e povo de França pelos odiosos ataques terroristas de sexta-feira que violam toda a ética, moral e religiões", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita.
"O reino da Arábia Saudita há muito que defende esforços internacionais mais intensificados para combater a praga do terrorismo em todas as suas formas e aspetos", sublinhou.
O presidente do Egito condenou os ataques e manifestou o seu apoio aos esforços internacionais na luta antiterrorista. Em comunicado da presidência, divulgado pela agência oficial noticiosa egípcia MENA, Abdelfatah al Sisi manifestou "confiança total que estes atentados não enfraqueçam a determinação dos Estados e dos povos que desejam a paz".
O presidente afegão, Ashraf Ghani, cujo país é palco de frequentes atentados, garantiu numa carta enviada ao homólogo francês que o Afeganistão "partilha a dor" dos familiares das vítimas dos ataques de Paris. "Estas mortes impiedosas mostram que os terroristas não conhecem nenhuma fronteira", declarou Ghani, num comunicado sobre os atentados atribuídos a jiadistas em Paris.
Numa carta de condolências enviada a François Hollande, Ghani explicou que "o Afeganistão, mais que outro país, é há muito tempo vítima do terrorismo e compreende a mágoa e a dor do povo francês". "Partilhamos a dor das famílias das vítimas", acrescentou na mesma carta, divulgada pelo palácio presidencial.
O presidente do Irão, Hassan Rohani, que deveria visitar Roma e Paris este fim de semana, adiou a viagem devido aos atentados em Paris.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, detalhou, à televisão estatal do Irão, que o chefe de Estado iraniano decidiu, no entanto, visitar Viena este sábado para "participar na reunião sobre a Síria e para falar da luta contra o Daech [acrónimo árabe do grupo Estado Islâmico] e o extremismo".
Hassan Rohani também já condenou os atentados que qualificou de "crimes contra a Humanidade", numa mensagem enviada ao seu homólogo francês, François Hollande, citada pela agência oficial Irna.
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, considerou que os atentatdos são um ataque "contra toda a comunidade internacional". Numa mensagem enviada ao presidente francês, Park Geun-hye expressou "profundas condolências" pelos atentados e afirmou que o terrorismo "é um crime contra a Humanidade, que não pode ser justificado nem tolerado sob nenhuma circunstância".
A Coreia do Sul "apoiará a França nos seus esforços para combater o terrorismo e cooperará de forma ativa com a comunidade internacional para acabar com este problema", acrescenta a mesma mensagem, divulgada pela assessoria de imprensa da Presidência sul-coreana.
A Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, condenou o "ato hediondo de terror" que marcou a noite de sexta-feira em Paris e manifestou o seu apoio à luta internacional contra o terrorismo. "A Indonésia condena veementemente o ato hediondo de terror", em que morreram "civis inocentes" em vários locais de Paris, lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Também a Índia condenou "energicamente" os atentados de sexta-feira em Paris e expressou a sua solidariedade para com a França. O presidente indiano Pranab Mukherjee utilizou a rede social Twitter para afirmar que a "Índia está firmemente com a França".
"As notícias de Paris são angustiantes e terríveis. Rezamos com as famílias dos mortos. Unimo-nos com o povo da França nesta trágica hora", escreveu, por seu lado, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que se encontra em Londres em visita oficial ao Reino Unido.
As Filipinas anunciaram que vão garantir "segurança reforçada" aos líderes mundiais que participam na cimeira da APEC na próxima semana, em Manila.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve juntar-se aos líderes da China, Japão, Austrália, Canadá e 15 outros na cimeira anual da APEC (Fórum de Cooperação Económica para a Ásia-Pacífico), que vai decorrer em Manila na quarta e na quinta-feira.
"As Filipinas e o seu povo levantam-se em solidariedade para com as pessoas de Paris e de toda a França neste momento de profunda tristeza e de grave indignação contra os perpetradores destes crimes", disse o Presidente filipino, Benigno Aquino, em comunicado.
"Não há uma ameaça credível registada desta vez, mas deixem-nos todos ser cooperantes e vigilantes", afirmou, indicando que a polícia está em alerta e que as forças de segurança avaliam os procedimentos que devem ser tomados.
O Japão condenou igualmente os "desprezíveis" e "intoleráveis" atentados perpetrados em Paris na sexta-feira, e afirmou que vai apoiar a França na "luta internacional" contra o terrorismo.
A Austrália condenou os atentados em Paris e ofereceu ajuda às autoridades francesas, enquanto decidiu manter o nível alto de alerta terrorista no país, em vigor desde setembro de 2014. "Solidarizamo-nos com o povo da França, condenando estes ataques horríveis e devastadores", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, em conferência de imprensa.
A chefe da diplomacia australiana indicou que se reuniu com o primeiro-ministro em exercício, Warren Truss, membros do comité nacional de segurança, e com o chefe da Organização de Serviços Secretos da Austrália (ASIO), Duncan Lewis, para avaliar a situação após os atentados.
"O nosso centro de avaliação de ameaças sob alçada da ASIO está a acompanhar a situação para analisar se é necessário alterar a avaliação de segurança da Austrália", disse Bishop, indicando que, de momento, não têm intenção de o fazer.