A Arábia Saudita proibiu, esta terça-feira, a entrada de viajantes de 20 países, entre os quais Portugal e os Estados Unidos, para tentar mitigar a propagação da pandemia e, principalmente, das variantes detetadas no final de 2020.
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De acordo com o Ministério do Interior, citado pela Agência de Notícias Saudita (SPA, na sigla inglesa), a "suspensão temporária" vai entrar em vigor na quarta-feira, às 21 horas locais (18 horas em Portugal continental).
Os países incluídos na "lista negra" são: Portugal, Estados Unidos da América (EUA), Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Egito, Emirados Árabes Unidos, França, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Líbano, Paquistão, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.
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Os cidadãos sauditas, assim como os diplomatas e profissionais de saúde que provenham destas nações têm permissão para entrar no país, mas "dentro do quadro de medidas de precaução" recomendadas pelas autoridades sanitárias, acrescentou a tutela.
O anúncio formal destas restrições fronteiriças sucede ao aviso feito no domingo pelo ministro da Saúde, Tawfiq al-Rabiah, que alertou para a necessidade de imposição de medidas ainda mais restritivas se a população saudita não cumprisse as medidas que vigoravam até agora.
A Arábia Saudita contabilizou 368 mil infeções e 6.400 óbitos desde o início da pandemia. O país mais populoso do Golfo Pérsico (com cerca de 34 milhões de habitantes) é também o mais afetado pelo SARS-CoV-2.
No início de janeiro havia menos de 100 contágios diários - número que contrasta com os quase cinco mil diários em junho -, mas desde então as autoridades sanitárias têm registado um aumento, com mais 310 nas últimas 24 horas.
A campanha de vacinação do reino começou em 17 de dezembro com a inoculação da vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech, no entanto, o Ministério da Saúde saudita anunciou que houve necessidade de desacelerar o ritmo de vacinação, por causa dos atrasos na entrega destes fármacos, situação que ocorre também, por exemplo, na União Europeia.