As autoridades sanitárias argentinas isolaram um navio cargueiro vindo do Brasil no rio Paraná, depois de um tripulante apresentar sintomas compatíveis com mpox, afirmou a diretora de Promoção e Prevenção da Saúde de Santa Fé, Analía Chumpitaz, esta quarta-feira.
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"O caso foi relatado quando o navio entrou no canal. Ontem à noite [terça-feira], a unidade de saúde da fronteira entrou no navio para recolher uma amostra e por volta do meio-dia [16 horas em Portugal continental] teremos o resultado", explicou Chumpitaz numa conferência de imprensa.
Entretanto, "o navio não está autorizado a desembarcar pessoas" e permanece "em quarentena" ancorado no rio Paraná, na entrada do porto de San Lorenzo de Rosario, a 310 quilómetros da capital argentina.
As autoridades não revelaram o número de tripulantes a bordo do navio cargueiro que veio Santos, no litoral de São Paulo, com a bandeira da Libéria, uma república africana.
O paciente que apresentou sintomas suspeitos foi rapidamente isolado dos restantes, de acordo com os protocolos estabelecidos, informou o Ministério da Saúde argentino em comunicado.
Desde 2022, a Argentina registou alguns casos de mpox, mas nenhum da variante recentemente detetada em África e que gerou um alerta especial da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Até agora essa variante não circula aqui", explicou Chumpitaz.
A Argentina ordenou um reforço de todas as medidas de vigilância epidemiológica, especialmente nas zonas fronteiriças.
A 14 de agosto, a OMS emitiu um alerta internacional de saúde pública devido a um surto de mpox originário da República Democrática do Congo (RDC) e atualmente limitado à África, o clado Ib, a estirpe mais perigosa e contagiosa das identificadas até agora.