A Arménia disse esta terça-feira não ter forças armadas destacadas em Nagorno-Karabakh, sugerindo que apenas os seus aliados separatistas estão no terreno para combater as "operações antiterroristas" lançadas pelo Azerbaijão, após a morte de seis pessoas numa explosão nas minas.
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"O Ministério da Defesa da Arménia declarou repetidamente, e declara mais uma vez, que a Arménia não tem exército no Nagorno-Karabakh", disse o ministério, numa declaração no Telegram.
A operação lançada pelo Azerbaijão seguiu-se à morte de quatro polícias e dois civis azeris numa explosão de minas, que atribuiu aos separatistas arménios, acusando-os de terrorismo.
As autoridades separatistas arménias em Nagorno-Karabakh confirmaram ataques das forças azeris contra várias cidades, incluindo a principal da região, Stepanakert, depois de o Azerbaijão ter anunciado o lançamento de "operações antiterroristas".
"O Azerbaijão lançou uma operação militar em grande escala contra a República de Artsakh [nome dado pelos arménios a Nagorn-Karabakh]", disse um representante dos separatistas nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.
Antes, o Ministério da Defesa do Azerbaijão tinha anunciado o início de uma operação, após a morte de seis polícias e dois civis azeris numa explosão de minas, que atribuiu aos separatistas arménios.
O ministério referiu que as posições das forças arménias estavam "a ser desativadas com armas de alta precisão na linha de frente e em profundidade".
Azeris e arménios: um confronto desde o fim da União Soviética
Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa do Azerbaijão, declarou a independência de Baku na sequência da desintegração da União Soviética, em 1991.
A declaração da independência, apoiada pela Arménia, desencadeou um conflito armado de onde saíram vencedores os separatistas.
Trinta anos mais tarde, no outono de 2020, as forças armadas do Azerbaijão reconquistaram dois terços do território, situado no sul do Cáucaso.