
A Procuradoria francesa arquivou a denúncia da jornalista Tristane Banon contra Dominique Strauss-Khan, por tentativa de violação, devido a "falta de provas". Contudo, o ex-director do FMI reconheceu ter cometido uma "agressão sexual".
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Em comunicado, a Procuradoria francesa confirmou que foram encontrados indícios de agressão sexual, mas não de violação. Os indícios eram, ainda assim, "insuficientes" para avançar com o caso.
Os factos apurados no inquérito "poderão ser qualificados como agressão sexual e foram reconhecidos", refere o comunicado. "No entanto, como não foram revelados em 2003 mas sim em Julho de 2011, tais factos não podem ser considerados, uma vez que já prescreveram".
A advogada de Strauss-Khan, Frédérique Beaulieu, disse, em entrevista a um canal de televisão, que o ex-director do FMI "está evidentemente ilibado de todas as acusações de que foi alvo".
"Quando alguém é alvo de queixa e essa queixa é arquivada, isso quer dizer que a pessoa não pode ser acusada, o que significa que é ilibada", acrescentou a advogada.
Já o advogado da jornalista referiu-se a Strauss-Khan como um "agressor sexual que não foi julgado", em comunicado acerca do arquivamento da queixa.
A decisão do Ministério Público, "apesar de insatisfatória, constitui uma primeira vitória para Banon, dado que ao fim de cinco meses de uma batalha feroz foi determinado que o seu caso não é vazio e que os factos que denunciou não são imaginários, contrariamente às afirmações de Strauss-Kahn", acrescentou a a defesa da queixosa.
A jornalista Tristane Banon acusou Dominique Strauss-Khan de a ter tentado violar em 2003, durante uma entrevista. Contudo, Banon apenas acusou o ex-director do Fundo Monetário Internacional quando este enfrentava uma outra acusação de agressão sexual, nos Estados Unidos da América, este ano. Também esta acusação, feita por uma funcional de um hotel de Nova Iorque, foi arquivada.
Relativamente ao caso de Banon, Strauss-Khan chegou a admitir ter mantido uma relação "inapropiada" com a jornalista, mas negou a tentativa de violação.
