O julgamento de um professor de 41 anos suspeito de ter matado e de ter comido partes do corpo de um outro homem, durante um encontro de cariz sexual, teve início esta terça-feira num tribunal da capital alemã, Berlim.
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Este caso de contornos sórdidos, que chocou a sociedade alemã, veio a público em novembro de 2020, quando os ossos da vítima foram encontrados num parque na zona norte de Berlim.Uma investigação foi aberta e acabou por determinar que eram os restos mortais de um homem, de 43 anos, que estava dado como desaparecido há dois meses.
O Ministério Público suspeita que o professor, identificado como Stefan R. e que esta terça-feira permaneceu em silêncio durante a audiência, cometeu "homicídio sexual com circunstâncias agravantes". A acusação apontou que o suspeito terá alegadamente matado a vítima no seu apartamento "de uma forma ainda desconhecida" em setembro passado, antes de comer partes do seu corpo.
Posteriormente, e segundo relatou a agência de notícias alemã Dpa, o suspeito terá cortado o corpo da vítima, no seu apartamento, e espalhado as partes em diferentes bairros da cidade.
A agência noticiosa alemã também referiu que os dois homens estabeleceram contacto, algumas horas antes do crime, através de uma página de encontros na Internet.
A audiência desta terça-feira foi interrompida a pedido da defesa, que criticou o Ministério Público por não ter apresentado o caso da acusação na íntegra ao tribunal. O juiz ordenou um adiamento do julgamento por uma semana.
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Este julgamento, a decorrer num tribunal estadual de Berlim, deve prolongar-se até meados de outubro, segundo indicaram as agências internacionais.
Quando este caso foi conhecido, os meios de comunicação na Alemanha recordaram o caso de Armin Meiwes, que ficou conhecido como "o canibal de Rotenburg", que chocou o país no início da década de 2000. Armin Meiwes foi condenado a prisão perpétua em 2006 por um tribunal de Frankfurt por ter assassinado, esquartejado e comido parcialmente outro homem.
Segundo dados revelados na altura, Meiwes conheceu a vítima através de um anúncio na Internet, colocado pelo próprio, no qual solicitava um candidato para ser morto e comido.