
Khaled al-Hariri/Reuters
Parte do arsenal químico da Síria começou este domingo a ser destruído pela equipa conjunta de peritos da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas que está no país desde terça-feira.
Os 20 peritos têm nove meses para destruir todo o armamento químico e dos equipamentos e materiais utilizados no seu fabrico, o que inclui pelo menos mil toneladas de gás sarin, mostarda e outras substâncias proibidas pela Convenção sobre Armas Químicas de 1997.
Segundo o jornal espanhol "El Mundo", estas substâncias tóxicas estão armazenadas no mínimo em 45 depósitos existentes em várias zonas do país, o que, tendo em conta o clima de guerra que se vive na Síria, dificulta o trabalho dos inspetores.
Este domingo, em entrevista ao jornal alemão "Der Spiegel", o presidente sírio admitiu ter "cometido erros" no início da guerra civil, em 2011, que já provocou 115 mil mortos e milhões de refugiados.
"Sempre que haja decisões políticas, os erros acontecem. Em todo o Mundo. Nós somos humanos", afirmou Bashar al-Assad, negando o uso de armas químicas.
O mesmo jornal noticiava que as forças aéreas sírias estacionaram parte dos seus aviões de combate em território iraniano por razões de segurança. Citando fontes dos serviços secretos germânicos, o "Der Spiegel" avança que Damasco e Teerão assinaram um acordo de cooperação militar em novembro do ano passado, que permite que as tropas fieis a Bashar al-Assad "estacionem grande parte das suas forças aéreas em território iraniano em segurança e que a ele recorram quando seja necessário".
Reino Unido preocupado
Também este domingo, em declarações à BBC, a ministra do Interior do Reino Unido mostrou-se preocupada com o número de cidadãos britânicos que se deslocam à Síria para receber treino da parte de organizações terroristas.
"Obviamente, nestas circunstâncias, algumas dessas pessoas são potenciais terroristas, algumas delas podem estar a ser treinadas e, em alguns casos, podem envolver-se no conflito e depois regressar ao Reino Unido", sublinhou Theresa May.
A mesma responsável acrescentou ter sido reforçada a segurança em torno dos centros comerciais na sequência do ataque armado que ocorreu no Quénia.
