Ao 104.º dia de conflito, a Rússia garantiu controlar zonas residenciais em Severodonetsk - uma das cidades que Zelensky descreveu como "mortas" - e 97% da região de Lugansk, no leste da Ucrânia. Kiev acusou Moscovo de ter detido 600 pessoas, incluindo jornalistas e ativistas ucranianos, na região de Kherson.
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- O embaixador russo nas Nações Unidas (ONU) abandonou uma reunião do Conselho de Segurança por considerar demasiado "rudes" os comentários feitos pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que acusou Moscovo de provocar a atual crise alimentar.
- Moscovo acusou os Estados Unidos de serem responsáveis por vários ciberataques contra "infraestrutura crítica" na Rússia e de utilizarem o "Exército cibernético" da Ucrânia para executarem as ações. "Sob o pretexto de defender a democracia, eles [os EUA] desencadearam uma agressão cibernética contra a Rússia e os seus aliados", acusou Andrei Krutskij, diretor do Departamento de Segurança Informática do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
- A Letónia proibiu a transmissão de todos os canais de televisão russos até que Moscovo termine com a guerra na Ucrânia, medida que entra em vigor na quarta-feira.
- O Japão vai adotar novas sanções contra Moscovo, na sequência da invasão da Ucrânia, penalizando bancos e a exportação de bens que contribuam para reforçar infraestruturas industriais russas.
- Os ataques russos em Severodonetsk e Lysychansk, na região do Donbass, onde Moscovo tem concentrado a sua ofensiva, transformaram-nas em "cidades mortas", segundo o presidente da Ucrânia.
- A Rússia mantém prisioneiros cerca de 2500 soldados que foram capturados na siderurgia Azovstal, na cidade costeira ucraniana de Mariupol, afirmou Zelensky. Num encontro com jornalistas, divulgado por meios de comunicação social do país, o chefe de Estado reconheceu, porém, que "é difícil precisar" quantos soldados foram levados do complexo, depois de semanas de bloqueio e bombardeamentos.
- O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu à Turquia que regresse à calma e ao diálogo, num clima de cooperação, para ajudar a retirar trigo da Ucrânia. "Desafio a Turquia a não passar da tensão verbal a tensão no terreno", disse o líder conservador grego, que discursava num fórum sobre saúde, numa referência a declarações recentes do presidente turco, Erdogan, afirmando que não pretende voltar a reunir-se com o primeiro-ministro grego e levantando novamente a questão da soberania das ilhas do Mar Egeu.
- A Rússia assegurou que as suas forças armadas assumiram o controlo das zonas residenciais de Severodonetsk e de 97% da região de Lugansk, no leste da Ucrânia, a que pertence a cidade. "As áreas residenciais de Severodonetsk foram totalmente libertadas. A conquista da sua zona industrial e localidades vizinhas prossegue", disse o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu.
- A ONU confirmou, esta terça-feira, que pelo menos 4253 civis morreram e 5141 ficaram feridos em três meses de guerra na Ucrânia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.
- Zelensky manifestou a sua satisfação por Boris Johnson se manter como primeiro-ministro do Reino Unido, depois de ter ultrapassado, na segunda-feira, uma moção de censura interna ao seu Partido Conservador.
- A Ucrânia acusou hoje o exército russo de ter detido cerca de 600 pessoas, incluindo jornalistas e ativistas pró-Kiev, na região de Kherson, no sul do país, inteiramente ocupada pelas forças de Moscovo.