Pelo menos oito pessoas morreram e 78 ficaram feridas num atentado com um carro armadilhado que sacudiu o setor este da capital do Líbano, Beirute. O ex-primeiro-ministro libanês acusa o presidente sírio de estar por detrás da tragédia.
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O atentado ocorreu a cerca de 200 metros de um gabinete do Kataëb, partido cristão da oposição libanesa, hostil ao regime sírio de Bashar al-Assad.
Entre as vítimas mortais, está um alto responsável pelos servíços de Inteligência libaneses, Wissam al-Hassan.
O atentado, que ocorreu à hora de ponta, nas imediações da praça Sassine, no bairro cristão de Achrafieh, em Beirute, provocou uma destruição enorme e causou o pânico entre os transeuntes.
Dois edifícios foram fortemente afetados pela explosão, refere um fotógrafo da Agência France Press, que diz ter visto pelo menos duas varandas destruídas.
Bombeiros e elementos da Proteção Civil libanesa entraram nos edifícios à procura de vítimas. O Exército já se deslocou para o local, onde marca também presença o ministro do Interior libanês, Marwan Charbel.
O último ataque conhecido na região de Beirute remonta a janeiro de 2008, quando um oficial dos serviços secretos libanês, Wissam Eid, foi assassinado num ataque com um carro armadilhado.
Foi o fim de uma sequência de ataques e assassinatos de personalidades hostis ao regime de Damasco, entre 2005 e 2008. Quase cinco anos depois, a violência regressou a Beirute.