Donald Harvey, que confessou ter assassinado 54 pessoas e por isso ficou conhecido como "anjo da morte", foi espancado na prisão onde cumpria pena, em Ohio, Estados Unidos, e morreu.
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Donald Harvey, atualmente com 64 anos, foi atacado na terça-feira, na sua cela da prisão de Toledo, no Ohio, onde cumpria várias sentenças de prisão perpétua. Morreu quinta-feira.
O porta-voz da polícia, Robert G. Sellers, indicou que o auxiliar de enfermagem que ficou conhecido como "anjo da morte" foi espancado por outro preso na sua cela e já decorre uma investigação para apurar o que aconteceu.
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Donald Harvey foi condenado em 1987 pela morte de 37 pessoas, na maioria pacientes que tinha a seu cargo em dois hospitais de Cincinnati onde trabalhou, entre 1980 e 1987, mas confessou a autoria de um total de 54 assassinatos, uma confissão que lhe valeu escapar à sentença da pena de morte.
Os assassinatos foram concretizados com recurso a cianeto, raticidas, gases, injeção de ar nas veias e sacos de plástico ou almofadas.
Em sua casa tinha uma lista com os nomes de todas as vítimas - terá começado em 1970 e poderão ter sido 57 as pessoas que matou - e admitiu aos investigadores, sem arrependimento, que tentou ajudar os doentes aliviando-lhes o seu sofrimento.
Donald Harvey confessou, em 2003 numa entrevista à CBS, que foi muito fácil matar nos hospitais onde trabalhou porque os médicos estavam sempre com excesso de trabalho. "Estão tão ocupados que os pacientes podem morrer sem que venha um médico vê-lo. Isto ocorreu-me quando um internado morreu e o médico o mandou diretamente para a funerária".
"Matava porque gostava de matar", sublinhou o antigo procurador Arthur Ney Jr.