O grupo extremista al-Murabitun, afiliado da al-Qaeda, reivindicou o ataque ao hotel Radisson em Bamako, no Mali, De acordo com as últimas informações conhecidas, pelo menos 27 pessoas morreram no ataque. Assaltantes foram abatidos. França já nomeou o mentor dos ataques.
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Os dois terroristas que tomaram de assalto um hotel em Bamako, no Mali, foram mortos, segundo revela uma fonte militar citada pelos média franceses. O ministro maliano da Segurança, Salif Traoré, tinha anunciado, momentos antes, que os assaltantes não tinham mais reféns sob custódia.
"Foram encontrados 18 corpos no hotel", indica a agência de notícias francesa France-Presse, citando uma fonte de segurança estrangeira, a coberto do anonimato, sem especificar se as vítimas são todas hóspedes ou se também estão a contar com os dois sequestradores alegadamente mortos no ataque. Os capacetes azuis da ONU afirmam, no entanto, que encontraram, até ao momento, 27 corpos.
Entre as vítimas há um cidadão belga, um funcionário parlamentar da Federação Valónia-Bruxelas. Segundo foi possível apurar, havia quatro belgas no hotel. Segundo informação oficial da Radisson, estavam no estabelecimento 170 pessoas, 30 funcionários e 140 hóspedes, de várias nacionalidades, nomeadamente franceses, alemães, norte-americanos e belgas.
Argelino procurado por terrorismo "na origem" do ataque no Mali
O argelino Mokhtar Belmokhtar, chefe do grupo jiadista Al-Murabitun, fiel à al-Qaeda, "está sem dúvida na origem" do atentado ao hotel Radisson Blu em Bamako, declarou esta sexta-feira o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian.
"Há muito que é procurado por numerosos países. Está sem dúvida na origem deste atentado, apesar de não existir uma certeza total", disse o ministro em declarações à cadeia televisiva francesa TF1.
Ajuda francesa
O Ministério da Defesa revelou que forças especiais francesas, que estavam estacionadas na capital do Burkina Faso, Ouagadougou, deslocaram-se para Bamako e ajudaram as autoridades malianas a tomar o hotel.
Segundo o Pentágono, "forças americanas ajudaram a pôr os civis em segurança", enquanto as forças de segurança malianas lançaram uma operação, apoiadas pelos franceses, para libertar os reféns que permaneciam presos no hotel Radisson Blu, na capital do Mali.
A polícia militar francesa (Gendarmerie) enviou 40 agentes das suas forças especiais de intervenção (GIGN) e "uma dezena" de agentes da polícia forense para o Mali.
O ataque foi reivindicado por um grupo jiadista afiliado da al-Qaeda, o al-Murabitun, que nasceu, em 2013, da fusão entre a al-Qaeda do Magrebe e o Movimento pela Unidade da Jiad no Oeste de Àfrica, conhecido por MUJAO.
O al-Murabitun, liderado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar, é um dos grupos mais ativos na região do Sahel.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se encontra hoje em Kuala Lumpur, declarou aos jornalistas que o Governo está "a monitorar a situação".
Homens armados atacaram o hotel de luxo Radisson Blu em Bamako, fazendo 170 reféns. Cerca de 80 reféns foram libertados ao início da tarde, "30 pelas forças de segurança", segundo o ministério da Defesa do Mali. "Os restantes saíram pelo próprio pé". Alguns media internacionais relatam que os sequestradores deixaram sair quem sabia o Corão.