Homens armados atacaram, esta sexta-feira, um hotel na cidade balnear de Sousse, na Tunísia, matando pelo menos 37 pessoas. Não há, para já, informação de que haja vítimas portuguesas.
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Homens armados atacaram, esta sexta-feira, o hotel de cinco estrelas Imperial Marhaba. O ministério do Saúde da Tunísia dá conta de pelo menos 37 mortos, grande parte deles turistas estrangeiros. Entre as vítimas há turistas britânicos, alemães, belgas e checos.
Um dos atacantes terá sido morto pelas autoridades. Segundo um responsável do ministério da saúde da Tunísia, 36 pessoas foram hospitalizadas com ferimentos diversos.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse ao JN que já foram estabelecidos contactos com o local e que "até ao momento não há informação de que haja qualquer português" entre as vítimas do ataque.
Há imagens de pessoas, aparentemente executadas, que jazem na praia junto ao hotel.
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Um fonte das forças de segurança no local disse que viu o corpo de um atirador armado com uma "Kalashnikov", depois da polícia ter atirado sobre ele.
Os relatos falam de pelo menos dois atacantes. Para além do que foi morto pelas autoridades, o segundo já terá sido detido quando se preparava para escapar à entrada de uma autoestrada nas imediações do hotel. Um deles já foi identificado como um estudante de Kantaoui, uma localidade junto a Sousse.
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Uma turista inglesa que estava na praia atacada, que falou com a Sky News, disse que "toda a gente começou a correr e a gritar" quando ouviram os tiros.
Houcine Jenayah, um homem que estava no local, contou à rádio Mosaique FM que dois atacantes chegaram à praia a bordo de um barco pneumático e que traziam granadas e uma arma kalachnikov escondida num guarda-sol.
Várias testemunhas contam que um dos atacantes saiu do barco, começou a disparar na praia, entrou pelo hotel, sempre aos tiros, e caminhou até à piscina para fazer ainda mais vítimas.
Segundo a mesma estação de rádio, a maioria dos turistas presentes na praia no momento do ataque, que ocorreu por volta do meio dia, eram britânicos e alemães. Os responsáveis do hotel já disseram que no momento do atentado encontravam-se 565 clientes lá hospedados.
Vários relatos dão conta de centenas ou milhares de turistas na zona que estão bastante assustados com o ataque e permanecem fechados nos seus quartos enquanto contactam as famílias e demonstram vontade de regressar a casa.
A zona em redor dos hotéis está ocupada por forças militares e equipas de emergência médica. Há vários helicópteros a sobrevoar a área.
Sousse, no Mediterrâneo, é uma das zonas balneares da Tunísia mais procuradas pelos turistas, que apreciam as praias de areia fina e a água temperada do mar. É um região muito procurada por Europeus.
O ataque ocorre três meses após um atentado ao Museu Bardo, em que morreram dezenas de pessoas, na capital tunisina, Tunes.