O exército israelita confirmou a morte do chefe de operações do Hezbollah em Beirute, Ibrahim Aqil, juntamente com outros membros das suas forças de elite, num bombardeamento no subúrbio sul da capital libanesa.
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"Sob a direção precisa da Divisão de Inteligência, os caças da força aérea atacaram a área de Beirute e mataram Ibrahim Aqil, o chefe de operações da organização terrorista Hezbollah", afirma um comunicado militar.
Posteriormente o porta-voz das forças israelitas, Daniel Hagari, acrescentou: "Tivemos como alvo os responsáveis pelos ataques diários com 'rockets' [contra Israel]. Ibrahim Aqil, bem como comandantes de alto nível da força Radwan. Cerca de dez comandantes foram mortos".
O bombardeamento nos arredores de Beirute fez ainda cerca de 60 feridos, segundo o último balanço.
Ibrahim Aqil era o número dois do poderoso grupo militar do Hezbollah.
O chefe militar, Fouad Chokr, foi morto num ataque semelhante nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, em 30 de julho.
Ibrahim Aqil, conhecido por Tahsin, era procurado pelos Estados Unidos.
É suspeito de envolvimento nos atentados contra a embaixada dos Estados Unidos em Beirute, em abril de 1983, que matou 63 pessoas, e contra os fuzileiros navais norte-americanos, em outubro do mesmo ano, em que morreram 241 militares.
O canal al-Manar do Hezbollah transmitiu imagens em direto do local do atentado, mostrando um edifício desmoronado e ambulâncias a acorrer para transportar os feridos em macas.
O ataque ocorreu depois de o Hezbollah ter bombardeado Israel, esta sexta-feira, com 140 foguetes.
Em resposta ao bombardeamento das Forças de Defesa de Israel (IDF), a milícia xiita libanesa efetuou novos ataques contra posições militares israelitas no norte do país.
Segundo o canal Al Manar, ligado ao Hezbollah, os ataques foram efetuados com foguetes "Katyusha" contra o quartel-general da unidade de controlo aéreo e o departamento de operações aéreas das IDF, situado a menos de dez quilómetros da fronteira libanesa.
A ação do Hezbollah seguiu-se ao ataque contra o equipamento de transmissão do movimento islamita libanês, que deixou 37 mortos e mais de três mil feridos na terça e na quarta-feira, no Líbano.
Devido à crescente tensão entre Israel e o Líbano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiou por um dia a partida para Nova Iorque, inicialmente prevista para 24 de setembro, para participar no debate anual da Assembleia Geral da ONU, disse uma fonte do seu gabinete à AFP.
"Para já, o primeiro-ministro deverá deixar Israel na quarta-feira, 25 de setembro, em vez de terça-feira, 24 de setembro", acrescentou.