Um ataque com mísseis russos matou 17 pessoas na cidade de Zaporíjia, revelaram, neste domingo, as autoridades locais, naquele que é o último bombardeamento mortal a atingir a cidade ucraniana do sul do país. Volodymyr Zelensky considerou a ação russa de "mal absoluto".
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"Após o ataque noturno com mísseis a Zaporíjia, pelo menos 20 casas e cerca de 50 edifícios de vários andares foram danificados. 17 pessoas morreram", escreveu Anatoliy Kurtev, secretário da Câmara Municipal de Zaporíjia, na rede social Telegram. Quatro escolas também foram danificadas, acrescentou.
Zelensky e o responsável regional Oleksandr Starukh forneceram um número de vítimas mortais inferior, referindo 12 mortos, mas Starukh tinha salvaguardado que mais vítimas poderiam estar sob os escombros, à medida que a operação de busca e salvamento ia decorrendo.
"Zaporíjia novamente. Ataques impiedosos contra pessoas pacíficas novamente. Em edifícios residenciais, mesmo a meio da noite", disse Zelensky, após o ataque deste domingo, acrescentando que 49 pessoas, incluindo seis crianças, estavam no hospital.
"A mesquinhez absoluta. Maldade absoluta. Selvagens e terroristas. Daquele que deu esta ordem a todos os que cumpriram esta ordem. Eles arcarão com a responsabilidade. Com certeza. Perante a lei e perante as pessoas".
Já na quinta-feira, pelo menos 17 pessoas, incluindo uma criança, morreram quando sete mísseis russos atingiram Zaporíjia antes do amanhecer, anunciaram, neste sábado, as autoridades ucranianas, revendo em alta o número de vítimas desse ataque.
Zaporíjia encontra-se perto da linha da frente onde as forças de Kiev têm vindo a levar a cabo um contra-ataque em grande escala contra as tropas russas.
A cidade industrial controlada pela Ucrânia está localizada na região epónima de Zaporíjia, onde também se situa a central nuclear ocupada pela Rússia que tem sido local de bombardeamentos pesados. Moscovo afirma ter anexado a região, embora as suas forças não a controlem na sua totalidade.
A Ucrânia disse que pelo menos 30 pessoas foram mortas na semana passada quando um comboio de carros civis na região de Zaporíjia foi bombardeado num ataque em que Kiev culpa Moscovo.