Ataques israelitas contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mataram 16 membros de duas famílias, horas depois do grupo islamita palestiniano Hamas ter lançado mísseis da região.
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Equipas de resgate disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) que os ataques lançados pelas Forças de Defesa de Israel causaram nove mortes na "família Al Attar" e sete na "família Keshta", no domingo à noite.
Uma fonte hospitalar confirmou à AFP o número de mortes dos dois ataques, acrescentando que os alvos foram uma casa "no campo de refugiados de Yebna em Rafah" e outra "nos arredores de Al Salam", um bairro da cidade.
A agência de notícias palestiniana Wafa disse que Israel lançou esta madrugada ataques contra um total de dez casas em vários bairros de Rafah, causando a morte de pelo menos 21 pessoas, incluindo oito crianças.
De acordo com o jornal palestiniano Falastin, a Proteção Civil da Faixa de Gaza indicou que as equipas de resgate ainda estão no terreno e poderá haver mais de uma dezena de pessoas sob os escombros.
Horas antes, as brigadas Ezzedine al-Qassam - braço armado do Hamas - lançaram dezenas dezena de mísseis na zona de Kerem Shalom, o principal ponto de passagem de ajuda humanitária para Gaza, perto de Rafah.
O ataque causou a morte de três soldados israelitas e ferimentos em mais 12 soldados, três dos quais se encontram em estado grave, indicaram as forças israelitas.
Em resposta, o exército israelita anunciou o encerramento da passagem de Kerem Shalom, que liga o sudeste da Faixa de Gaza ao território israelita e na fronteira entre o enclave palestiniano, Israel e o Egito.
O ataque teve lugar enquanto decorriam negociações no Egito, sob mediação internacional, sobre um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, no poder no enclave desde 2007.