Um segundo grupo independentista do enclave angolano de Cabinda reivindicou hoje, terça-feira, o ataque de sexta-feira contra a coluna em que seguia a selecção nacional de futebol do Togo, provocando a morte de três pessoas.
Corpo do artigo
Contactado telefonicamente pela Agência France-Presse (AFP), Jean-Claude N'Zita, conselheiro do presidente da FLEC-FAC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda), adiantou que o ataque se enquadra em assaltos sistemáticos a colunas escoltadas em Cabinda por forças de segurança angolanas.
"Não somos terroristas. O ataque não era dirigido contra os nossos irmãos togoleses (...). As forças armadas de Cabinda disparam sempre que vêem uma coluna angolana", afirmou Jean-Claude N'Zita, exprimindo-se a partir da Suíça, onde vive no exílio.
Do ataque, inicialmente reivindicado por uma ala dissidente da FLEC-FAC, a FLEC-PM (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda - Posição Militar), resultaram três mortos, dois membros da comitiva e o motorista do autocarro, e um ferido grave, o guarda-redes Kodjovi Obilalé, que foi transportado de helicóptero para um hospital de Joanesburgo, não correndo já risco de vida.