Pelo menos 52 pessoas foram mortas, esta quinta-feira, por bombardeamentos israelitas em todo o território palestiniano, de acordo com a Defesa Civil, organismo controlado pelo Hamas.
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Simultaneamente, Israel apelou a novas evacuações do norte da Faixa de Gaza, onde tem continuado os seus bombardeamentos, criticando as crescentes críticas internacionais à intensificação da ofensiva no território palestiniano.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou esta noite Paris, Londres e Otava de encorajarem “os assassinos em massa do Hamas” a lutar, depois de as três capitais terem denunciado as “ações escandalosas” do seu Governo em Gaza.
Simultaneamente, o Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que “algumas padarias” na Faixa de Gaza tinha retomado as suas atividades, depois de as autoridades israelitas, sob pressão internacional, terem anunciado esta semana um recomeço limitado da ajuda humanitária, totalmente bloqueada há mais de dois meses.
Em meados de maio, o exército intensificou os bombardeamentos e as operações terrestres, com o objetivo declarado de aniquilar o Hamas e libertar os reféns raptados durante o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano a Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.
“O exército está a operar com força nas zonas onde vocês se encontram” porque “as organizações terroristas (aí) continuam as suas atividades”, advertiu na quinta-feira, em árabe, nas redes sociais, num apelo à evacuação de 14 setores no norte do território, nomeadamente no campo de Jabalia.
Depois de as forças israelitas terem quebrado uma trégua de dois meses, a 18 de março, o Governo de Benjamin Netanyahu anunciou, no início de maio, um plano de “conquista” de Gaza, à custa da deslocação interna da “maioria” dos seus 2,4 milhões de habitantes.