
Danos no local de um ataque com mísseis russos em Kiev neste sábado
Foto: Sergey Dolzhenko / EPA
Ataques russos com drones e mísseis durante a noite mataram quatro pessoas e feriram outras 20 na capital ucraniana, Kiev, e em várias outras regiões, informaram as autoridades no sábado. O ataque ocorre numa altura em que os aliados ocidentais de Kiev aumentam a pressão sobre a Rússia, à medida que a guerra entra no seu quarto inverno.
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"Um socorrista foi morto e outro ferido em consequência de um repetido ataque com mísseis à comunidade de Petropavlivska, na região de Dnipropetrovsk", informou o Ministério do Interior nas redes sociais. Uma mulher também morreu e sete pessoas ficaram feridas na região Leste, acrescentou a tutela, relatando danos em camiões de bombeiros, edifícios residenciais e lojas.
Moscovo também atacou Kiev, matando duas pessoas e ferindo outras 12, disse o presidente da Câmara, Vitali Klitschko.
Jornalistas da agência France-Presse ouviram o zumbido característico de mísseis e explosões poderosas por volta das 4 horas da manhã (2 horas em Portugal continental).
Os serviços de emergência partilharam fotografias de bombeiros a combater as chamas enquanto grandes incêndios deflagravam nos distritos de Desnyansky e Darnytsky. A Rússia disparou nove mísseis balísticos Iskander-M e 62 drones de ataque, informou a Força Aérea ucraniana, acrescentando que abateu quatro mísseis balísticos e 50 drones.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os recentes ataques reforçam a necessidade de sistemas de defesa Patriot. Segundo escreveu na rede social X, é essencial que os parceiros internacionais com capacidade relevante avancem com o apoio discutido nos últimos dias.
Zelensky apelou ainda aos Estados Unidos, à Europa e aos países do G7 para ajudarem a impedir que tais ataques continuem a ameaçar vidas. O chefe de Estado da Ucrânia espera adquirir 25 sistemas Patriot aos EUA para reforçar as defesas aéreas, sobretudo nas zonas urbanas.
Na sexta-feira, o líder de Kiev apelou aos EUA para alargarem as sanções ao petróleo russo e defendeu o uso de mísseis de longo alcance para contra-atacar a Rússia.
Desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido apoio financeiro e militar dos aliados ocidentais. Esses países também impuseram sanções a setores estratégicos da economia russa para enfraquecer a capacidade de Moscovo de sustentar o esforço de guerra.
