Um atentado suicida ocorrido numa mesquita do centro de Damasco provocou 42 mortos, incluindo um dignitário sunita pró-regime, e 84 feridos, segundo o Ministério da Saúde sírio.
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"O número dos martirizados no ataque terrorista suicida na mesquita Eman aumentou para 42, com 84 feridos", anunciou a televisão estatal, citando o Ministério da Saúde.
Anteriormente, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) tinha anunciado a morte de 16 pessoas e dezenas de feridos.
Entre as vítimas mortais, de acordo com o OSDH e a televisão estatal, está o religioso sunita Mohammad Said Ramadan al-Bouti, que aparecia na televisão oficial síria às sextas-feiras e era considerado apoiante do regime do presidente Bashar al-Assad.
O líder da oposição síria, Ahmed Moaz al-Khatib, condenou o atentado e disse suspeitar que o regime de Assad está ao ataque. "Condenamos categoricamente o assassinato do doutor Mohammad Said Ramadan al-Bouti", disse Khatib à agência noticiosa AFP, por telefone, no Cairo, considerando tratar-se de "um crime".
"Quem fez isto é um criminoso (...) e nós suspeitamos que foi o regime", afirmou, acusando as forças de Assad de terem matado outro clérigo, Riad al-Saad, há alguns dias.
Khatib, ele próprio um clérigo, disse que conhecia Bouti, considerado um erudito em teologia islâmica, mas que discordava dele por ser um ferveroso apoiante de Bashar al-Assad. "A nossa religião e valores não permitem tratar diferenças de opinião com mortes", acrescentou.