O rei Filipe da Bélgica afirmou que o dia 22 de março "nunca mais será um dia como os outros" naquele país, após os atentados "cobardes e odiosos" que atingiram Bruxelas, num breve discurso transmitido pela televisão.
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"Matilde [mulher do rei] e eu partilhamos a dor daqueles que perderam um familiar ou que ficaram feridos nos atentados cobardes e odiosos de hoje", disse o monarca, numa mensagem à nação.
"As vidas perdidas, as feridas profundas, esses sofrimentos são de todo o nosso país", prosseguiu.
"Perante a ameaça, vamos continuar a responder em conjunto com firmeza, calma e dignidade. Vamos manter a confiança em nós mesmos. Essa confiança é a nossa força", concluiu Filipe da Bélgica.
O rei dos belgas desempenha um papel essencialmente protocolar, mas simboliza a unidade da Bélgica.
Na saudação tradicional de natal, realizada a 24 de dezembro do ano passado, o rei pediu aos seus compatriotas para "não se deixarem intimidar" e para "não se dividirem" perante a ameaça terrorista.
Mais de 30 pessoas morreram e perto de duas centenas ficaram feridas nas três explosões registadas em Bruxelas - duas no aeroporto internacional de Zaventem e uma na estação de metro de Maelbeek, junto às instituições europeias, no centro da capital belga.
O grupo extremista Estado Islâmico já reivindicou os atentados na capital belga.
O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.