Ativista arrisca prisão por ter pulsos pequenos que não permitem colocar pulseira eletrónica
Uma ativista ambiental britânica, de 77 anos, enfrenta a possibilidade de voltar a ser presa porque os seus pulsos são demasiado pequenos para ser controlada por uma pulseira eletrónica.
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Gaie Delap, de Bristol, foi enviada para a prisão em agosto, juntamente com quatro arguidos, por participar num protesto contra o uso de combustíveis fósseis numa autoestrada, em novembro de 2022.
Do grupo de cinco ativistas, quatro foram libertados, estando três deles a ser controlados com recurso a dispositivos eletrónicos. Gaie também foi liberdada de forma condicional. No entanto, não pode usar uma pulseira eletrónica no tornozelo por motivos de saúde e tem os pulsos demasiado pequenos, razão pela qual, a empresa que fornece o sistema de vigilância alertou os serviços prisionais para a impossibilidade de a controlar, conta o jornal inglês "The Guardian".
A mulher, que integrou os protestos do movimento Just Stop Oil, está em casa "aterrorizada com a mala pronta, à espera que a polícia bata à porta. Ela não consegue comer nem dormir por causa disto", contou o irmão, Mick, ao diário, acreditando que o bom senso vai prevalecer e que espera que a irmã não volte para a prisão.
Assim que o sistema de monitorização que está sob a alçada do Ministério da Justiça inglês fez saber que não conseguia colocar um sistema de controlo em Gaie, a mulher foi informada de que foi emitido um mandado para a sua detenção.
A família lamenta que a idosa esteja presa ao que diz ser "um pesadelo de confusão" entre os serviços prisionais e os serviços que gerem e monitorizam quem está sujeito a vigilância eletrónica.