Ativista que foi presa por erguer bandeira LGBT no Egito foi encontrada morta em casa
Sara Hegazy foi presa em 2017 após ter erguido uma bandeira do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, no Cairo, Egito. Estava a viver exilada no Canadá. Foi encontrada morta em casa, informa a Amnistia Internacional.
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De acordo com a organização internacional, Sara Hegazy "teve uma experiência difícil na prisão em 2017", tendo de suportar uma forte opressão "devido às suas opiniões políticas e ativismo a favor do LGBT", explica a Amnistia Internacional.
A ativista foi alvo de agressões sexuais e tortura durante os três meses em que esteve presa.
Em 2018, após uma forte campanha na Internet a pedir a sua libertação, saiu da cadeia sob fiança e exilou-se no Canadá.
"A experiência foi difícil e sou mais fraca do que deveria ser para resistir. Perdoem-me", escreveu numa nota encontrada junto do seu corpo no domingo.
A organização não-governamental dá conta que Sara Hegazy nem sequer conseguiu regressar ao Egito quando a sua mãe morreu.
"Ela suicidou-se", confirmou o seu advogado, Amro Mohamed, à agência de notícias France-Presse, sem dar mais detalhes.
Desde domingo, as reações de indignação multiplicam-se nas redes sociais, onde têm sido publicadas bandeiras do arco-íris em memória de Hegazy.
"O regime egípcio prendeu e torturou Sara Hegazy por esta foto", escreveu a ativista feminista Mona Eltahawy no domingo, ao republicar a foto de Hegazy com a bandeira colorida durante um concerto do grupo libanês Mashrou Leila, motivo pelo qual foi presa:
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